IMAGINE
Outubro 20, 2016
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Outubro 20, 2016
Outubro 20, 2016
Sebastião Antunes nasceu a 1967, actualmente vocalista da banda Quadrilha.
Quanto a mim, o Sebastião é uma referência da minha adolescência, lembro-me de ver o na escola onde andávamos, eu no 7º ano, ele num ano um pouco mais à frente, a maioria das vezes… acompanhado por uma viola.
O início do seu percurso aconteceu em 1988 com a edição do single “Caixinha de Música” do grupo Peace Makers.
Esta música tem uma letra fortíssima, impossível ficar indiferente (listada abaixo) e passava na altura na Rádio Cidade, quando esta era a Rádio da “moda”, e eu assistia ao vivo num bar em Sintra.
Quadrilha é uma banda portuguesa, cujo estilo resulta da fusão de elementos da música tradicional portuguesa dentro do género Folk e da música celta. Formada em 1991 por Sebastião Antunes, mentor, compositor, letrista e intérprete. O músico é também, pós-graduado em Estudos de Música Popular, pelo Departamento de Ciências Musicais da Faculdade de Ciências e Humanas da Universidade Nova de Lisboa.
Sebastião Antunes é invisual mas e talvez também por isso é um exímio letrista.
A música apresentada pela Quadrilha é composta pelos sons do violino, bandolim, gaita-de-foles, concertina, acordeão, teclas, baixo e bateria.
Hoje a Quadrilha com 8 álbuns editados dão imensos concertos por aí e eu sempre que possível assisto.
A foto acima tirei-a na Festa do Avante à relativamente pouco tempo.
Música “Aí Caramba”
https://www.youtube.com/watch?v=z6nD5sXRZvY
Música " Caixinha de Música"
https://www.youtube.com/watch?v=azvmtIB5FrU
Letra “Caixinha de Música”
Ao som de uma caixa de música acordou João
Ao lado do berço um corpo caído, desilusão
A casa vazia e no ar um cheiro, a solidão
Pra lá da janela uma visão tão estranha
O que terá acontecido?
Como um pássaro que caiu do ninho e esvoaçou
João deu a medo alguns passos p'lo quarto e sem querer
Debruçou o corpo sobre o chão morno e adormeceu
Talvez pra dormir o seu último sono
E o que fica a dizer?
João, mais uma vítima nuclear numa casa no meio da cidade
Onde só se contavam histórias de mal e de bem
João, mais uma vítima nuclear numa casa no meio da cidade
Onde só se contavam histórias de realidade
Uma brisa estranha chegou de repente com sabor a fim
E uma noite fria caiu sobre os restos do auge do poder
Entre o tudo e o nada ficou uma sombra uma recordação
Talvez algum dia alguém venha a perguntar
O que terá acontecido?
Um manto de fumo cobriu a cidade em forma de adeus
Talvez pra apagar a última imagem guardada da terra
A tocar no meio do deserto plantado a caixinha ficou
Testemunha ingenua das glórias já findas
E das marcas da vida
João, mais uma vítima nuclear numa casa no meio da cidade
Onde só se contavam histórias de mal e de bem João, mais uma vítima nuclear numa casa no meio da cidade
Onde só se contavam histórias de realidade
E tudo acabou!
Espero que gostem tanto como eu gosto! :)
Teresa S.
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